No nosso último post do blog discutimos sobre a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) – lei criada para regulamentar a coleta e tratamento de dados pessoais – e as mudanças decorrentes do marco regulatório. 

Porém, ainda surgem algumas dúvidas em relação aos processos de marketing diante desse cenário. Se você quer saber mais sobre, continue aqui, pois nesse texto vamos falar sobre a influência da lei em pequenas e médias empresas, além de pontuar práticas a serem implementadas e outras, a serem evitadas.

 

As atividades de marketing que envolvem a retenção de dados serão prejudicadas?

Não! Na verdade, a situação é bem mais simples do que muitos imaginam. 

Como explicado no texto anterior dessa sequência, a LGPD visa garantir o poder do usuário sobre o manuseamento dos seus dados, mas isso não significa atrapalhar o desempenho e resultados da sua empresa nas mídias sociais. Você poderá continuar atuando com seu marketing digital, porém deve se atentar ao cumprimento da lei.

 

Práticas que devem ser aplicadas

Quando discutimos as atividades de marketing nas mídias sociais que envolvem o uso de dados, estamos falando primordialmente de geração e nutrição de leads. Essa técnica se trata de atrair usuários que são potenciais consumidores e que tenham interesse em sua marca, buscando coletar dados destes em troca do acesso a um determinado conteúdo.

Geração de Leads

Com a Lei Geral de Proteção de Dados não surgem muitas barreiras para as empresas continuarem a obter leads, porém diante do marco regulatório é importante estar atento a um fator primordial, o uso de base legal.

As bases legais são hipóteses da lei que autorizam o tratamento de dados pessoais. Para um melhor entendimento sobre essa questão veja quais são as mais utilizadas no marketing:

• Consentimento –  normalmente usada por meio de um checkbox, quando uma pessoa concorda com o uso dos seus dados pela empresa;
• Legítimo interesse – quando o uso de dados é permitido sem a necessidade de consentimento.

Landing Page

A landing page é a ferramenta mais utilizada no que se trata da geração de leads. Por meio dela você consegue obter dados do usuário que se inscreve e adicioná-lo na sua base de contatos. 

Assim, visando exemplificar as práticas de adequação a LGPD com o uso de bases legais, trouxemos a imagem abaixo:

A imagem trata-se de uma landing page do site da Marketing Júnior USP com um dos nossos conteúdos gratuitos para empreendedores, o e-book “Jornada das Mídias”, em que explicamos como uma empresa pode desenvolver sua comunicação online, visando a conquista de mídias sociais de sucesso. Nesse sentido, destacamos a parte da página que está dedicada ao uso das bases legais para trazer uma demonstração prática de como é possível seguir a lei garantindo a escolha de consentimento do usuário.

E-mail Marketing

A lei não deve ser seguida somente na geração de leads, ela permanece relevante na fase seguinte, que se trata da nutrição de leads. 

Destarte, nessa fase de construção de relacionamento são usadas algumas estratégias, sendo uma delas o e-mail marketing, tal que não apresenta riscos quando é enviado a pessoas que autorizaram esse tipo de uso de seus dados. 

Portanto, vale ressaltar que é importante que todo e-mail tenha uma área destinada ao cancelamento da assinatura.

A prática, portanto, é segura enquanto houver atenção a esses fatores. Deve-se destacar, porém, que existem outras práticas de alto risco relacionadas ao e-mail marketing no que diz respeito ao descumprimento da LGPD. Um exemplo é a compra de listas de contatos, uma prática do Outbound Marketing, de caráter invasivo, que vai contra a lei.

Cookies

Além das ferramentas que envolvem o gerenciamento de leads, as práticas para garantir o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados também devem ser usadas de uma maneira mais ampla nos sites. 

Diante disso, faz-se premente dar atenção aos cookies, termo muito recorrente na nossa navegação pela web. Mesmo o vendo algumas vezes em sites na internet, talvez você esteja se perguntando “Afinal, o que são esses cookies?”

Bom, os cookies são pequenos arquivos criados salvos no seu navegador quando você entra em determinado site. As informações presentes nesses arquivos servem para:

• Mensurar a audiência da página;
• Gerar estatísticas;
• Identificar o usuário;
• Personalizar a página de acordo com o perfil deste;
• Facilitar o acesso em diferentes páginas do site;
• Entre outros.

Porém, diante da LGPD, os cookies são relacionados a violação de privacidade na web. Isso acontece, pois, mesmo que esses dados coletados não sejam estritamente pessoais, como nome, e-mail ou telefone, eles ainda se tratam de um conjunto de informações que podem identificar um perfil. Assim, com essa identificação é possível que as empresas os utilizem sem permissão, expondo os usuários a publicidade digital, o que não está de acordo com a lei.

Logo, para se adequar a lei, novamente falamos sobre consentimento, palavra que guia as orientações deste texto. É primordial que a sua empresa exponha banners de cookies no seu site, visando a transparência e mais uma vez, seguindo as bases legais. 

Por fim, neste texto falamos muito sobre como adequar o uso dessas ferramentas que auxiliam as atividades do marketing no cenário virtual. Mas queria saber da sua empresa, como anda seu marketing digital? Como sua marca se posiciona no ambiente online?  

Se você sente que precisa de ajuda com a estruturação de um Plano de Marketing Digital, entre em contato conosco, a Marketing Júnior USP está aberta para conversar e te ajudar. Você pode agendar ainda hoje um DIAGNÓSTICO GRATUITO para sua empresa!