O e-commerce nunca esteve tão presente em nossas vidas quanto hoje. Os famosos comércios virtuais chegaram a marca histórica de R$87 bi de vendas no Brasil em 2020, um aumento de 41% comparado ao ano de 2019, e atraiu cerca de 13 milhões de new shoppers brasileiros, segundo Ebit/Nielsen.

Afinal, o que é um E-commerce?

É a estratégia de venda on-line feita por qualquer canal digital. Website, marketplace, vendas por redes sociais e até e-mail marketing. Por esses meios é possível comprar e vender para qualquer empresa e consumidor que esteja dentro do seu público-alvo. Hoje o e-commerce mais comum é a loja on-line em plataforma web, onde é possível agregar várias informações sobre sua marca à vitrine dos seus produtos.

Ainda, é possível distinguir empresas inteiramente virtuais e empresas virtuais e físicas. Ou seja, aquelas que nasceram no on-line e que não têm nenhum tipo de experiência anterior como negócios físicos, e aquelas já existentes que acrescentaram um meio de venda on-line ao negócio.

É inegável que qualquer uma delas precisa lidar com a estruturação do marketing, processo de vendas e atendimento ao cliente. Apenas ter um canal de venda on-line não é mais o bastante, é preciso atender o consumidor da melhor forma possível e criar valor sobre as redes em constante evolução.

A bolha das PontoCom

Aquele que acompanhou a crise das PontoCom lá no final dos anos 90 e no começo dos 2000, não imaginaria que quem investivesse em e-commerces no Brasil sairia na frente em 2020. Naquela época, apenas estar presente no digital e ter o nome da sua empresa seguido do “.com” era motivo para se receber investimentos altíssimos. Esses provocados pelo excesso de confiança no desenvolvimento tecnológico e ignorância frente à métricas tradicionais, gerando a consequente especulação e bolha.

Roberto Lee, CEO e cofundador da corretora Avenue Securities, comenta em entrevista para a Infomoney sobre a Bolha das PontoCom:

“A gente estava vivendo the time of our lives. Era um momento mágico porque era muito dinheiro. Essa empresa que eu trabalhava tinha uma visão de mercado de mudança de mundo. Uma visão de que aquilo não parava de crescer, um financiamento tremendo, mas um conhecimento de mercado financeiro especificamente muito baixo. (…) Do dia para a noite, a gente chegou no escritório e tinha lá o financiador, que era o Santander na época, dizendo que a operação ia acabar. Arrumem suas malas, o sonho acabou”

E-commerce na pandemia

Pulando para o momento atual, de constante transformação digital, não podemos ignorar a influência que o isolamento social e as medidas de restrição sobre os comércios tiveram no sucesso do e-commerce durante a pandemia.

As empresas que souberam investir de maneira assertiva e rápida no processo de digitalização ficaram mais próximas do público que passava a mudar seus hábitos de compra.  Afinal, a compra online se tornou parte do dia a dia de quase 80 milhões de brasileiros em 2020 (Ebit/Nielsen, 2021).

Com a maior demanda por meios de compra fora do presencial, empresas de todos os segmentos buscaram se diferenciar frente a concorrência por meio de inovações. Assim, como tentativa de ser o mais conveniente para o consumidor, os maiores varejistas do mercado concentraram suas estratégias no on-line.

Visando a melhor experiência possível e a omnicanalidade, passaram a investir na construção de aplicativos, incorporar variedade nas formas de pagamento, melhorias na logística, atendimento ao cliente e comunicação.

O que as grandes varejistas fizeram?

Ao falarmos sobre compra on-line, algum dos fatores que são importantes para o consumidor é a agilidade do processo de compra e sua entrega. Dessa forma, ações que barateiam o frete e aceleram entregas podem conquistar os consumidores. A Amazon conta com 8 Centros de Distribuição no Brasil e continua expandindo, ambicionando atender clientes de forma rápida em todas as regiões do país. Além disso, conta com o Amazon Prime, que além do serviço de streaming, conta com frete grátis para os assinantes.

“O consumidor é sensível ao valor do frete. Quanto mais ele pagou pelo frete, mais chances de ele fazer uma reclamação sobre qualquer aspecto da compra.”

Webshopppers, EBIT/Nielsen, 2021

No espaço on-line, onde é possível comparar produtos e seus atributos (preço e frete) rapidamente, se diferenciar da maioria é trabalhoso. Por isso, a procura por criar o engajamento do cliente por meio da comunicação e entregar conteúdo de qualidade atrelado ao produto é constante. A Magazine Luiza é forte exemplo nesse contexto.

A grande varejista passou a oferecer uma enorme variedade de produtos, se distanciando da linha de eletrodomésticos que era associada. Como estratégia de aumentar sua audiência e buscar especialistas nos novos conteúdos, a Magazine tem buscado adquirir empresas relevantes no segmento de cada produto. A aquisição do Steal The Look, plataforma de conteúdo de moda e beleza, e Jovem Nerd, plataforma de conteúdo geek e nerd, pela companhia comprovam a estratégia.

“A aquisição fortalece nossa marca, nossa plataforma e nosso alcance de conteúdo. É mais um importante passo no planejamento da empresa para a digitalização do varejo brasileiro”

Eduardo Galanternick, vice-presidente de Negócios do Magalu diz ao CanalTech.

O que o seu negócio pode fazer para se diferenciar da maioria?

Estar ciente de que apenas ter uma loja on-line não é o suficiente nos dias de hoje é essencial. Para ter sucesso é necessário estar atento às necessidades do seu público, bem como buscar maneiras de ganhar a sua fidelização. Entender que o valor pode ser agregado a cada etapa da comercialização – desde o centro de distribuição, como a Amazon, até a comunicação por criação de conteúdo, como a Magazine – é o que pode levar seu negócio ao sucesso.

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